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15 de março de 2013

O Robô, o Analista e os Passageiros da Chuva

1. Vítor Gaspar comporta-se como um robô. Anuncia um cenário macroeconómico tenebroso sem qualquer sinal de que isso o preocupa. Olha para a economia como uma coisa e para as pessoas como peças de uma máquina.
2. O Presidente da República comporta-se como um comentador. Reapareceu para dizer o que todos sabemos: quaisquer medidas adicionais de austeridade têm que ser aprovadas pelo Parlamento e, até lá, veremos o que acontece. Pela sua parte não acontecerá nada como já se viu. O que diz não tem qualquer consequência. Temos um comentador mas não temos um Presidente. 
3. O CDS lá vai passando pelos intervalos da chuva e lá se vai, nas entrelinhas, demarcando da politica do Ministro das Finanças e do seu parceiro de coligação. Assinalando as discrepâncias entre os lideres do CE, BCE e FMI, e os técnicos da Troika (o que parece ser evidente e não se percebe como pode acontecer) o CDS acaba por, de forma indirecta, criticar a posição do seu próprio governo que, efectivamente, mostrou mais uma vez uma posição pouco ambiciosa na 7ª avaliação regular. 
4. O Governo mostra-se incapaz de conduzir uma negociação a nível politico e limita-se a negociar com os técnicos que aqui aparecem periodicamente. HÁ QUE SUBIR O NÍVEL DA NEGOCIAÇÃO PARA O PATAMAR POLITICO.
5.  É PRECISO MUDAR ISTO . E NA FALTA DE INSTITUIÇÕES CAPAZES DE DAR RESPOSTAS SÓ RESTA A LUTA DO POVO. E só espero que quando as instituições acordarem não seja tarde demais

1 comentário:

joaquim O. disse...

O Robô, o Analista, Os Passageiros da Chuva e (se me permite) o Sonso Inconsequente. Ele e a facção aparelhística que o sustenta. Trata-se da principal (sublinho principal) desgraça deste país, da causa do seu impasse no momento histórico que atravessamos. As malfeitorias de quem desgoverna, essas a a democracia vai aguentando. Democracia que, por agora vamos mantendo, mais EDP, menos REN. A falta de alternativa é que não. Trata-se de António José Seguro e das suas infelizes circunstâncias. Um problema sem fim à vista (fim que não sirva os vis propósitos desta espécie de direita, e da sua sede de manter a degradação das gentes deste país até ao admirável mundo velho dos seus macabros sonhos). Volta, Partido Socialista. Volta, por favor.