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11 de setembro de 2012

A obsessão do governo e a inevitabilidade da rutura

António Costa defende o voto contra no orçamento e a ruptura com o Governo.
Esta posição tem , a meu ver o consenso geral na família socialista e as declarações de Seguro apontam claramente no mesmo sentido. A manterem-se estas medidas na proposta de orçamento, mesmo que embrulhadas num pacote com mais uns cheirinhos de austeridade sobre outros rendimentos, elas não podem ter a cumplicidade do PS. Por isso não há como não votar contra elas.
O Governo conseguiu, assim, delapidar um dos capitais mais preciosos que o País vinha apresentado: Um certo consenso politico à volta dos compromisso assumidos.
Mas agora a corda esticou e partiu. O consenso foi rasgado entre as forças politicas do chamado arco da governação e, mais do que isso, estas medidas provocaram, como já aqui disse, o corte entre o governo e a sociedade. O governo escolheu o seu caminho de isolamento.

As responsabilidades cabem ao governo na integra. O Governo deve escutar o que lhe dizem. Nomeadamente na sua família politica e na sua base social de apoio.
Como dizia Pedro Lains num excelente comentário no seu blog, "as economias não podem ser governadas com base em obsessões". E este governo e os seus mentores da troika, bons alunos de Chicago, tem um politica ideologicamente obsessiva.

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